É uma coisa extremamente comum ver pessoas indo ao cinema. Na fila você encontra crianças com os pais, grupos de amigos, casais e também pessoas sozinhas. Mas dessa vez algo estava diferente. Algo que ninguém precisaria notar, porque essa diferença não deveria existir. Na fila do cinema era possível perceber que as pessoas ali presentes eram, em sua maioria, negras.
Com a estreia de Pantera Negra nesta última quinta-feira (15), e os poucos lugares até na única sessão legendada de uma noite de sábado, eu me senti feliz e triste. A alegria porque a representatividade moveu pessoas, afinal, elas se sentiram incluídas. A tristeza é que isso não deveria ser necessário para as pessoas irem ver um filme, seja por falta de inclusão ou, até mesmo, condição.
E se essas pessoas assistiram ao filme que eu assisti (e garanto que sim), elas não se decepcionaram.
Dentro de uma trama bem construída e o visual já conhecido pelos fãs da Marvel, vemos os dois lados de uma moeda. Wakanda, um reino que se esconde como país de terceiro mundo na África, sendo que possui tecnologia o suficiente para intervir em questões importantes e ajudar a humanidade. E o resto da população negra do mundo, que como sabemos, sofre preconceitos diários. E a pergunta é: Por que Wakanda não ajuda essas pessoas, já que elas também são parte do povo deles? Acho que existem várias respostas para isso, no entanto, sugiro que assistam e descubram.
A Marvel mais uma vez trouxe um bom trabalho nos cinemas, com cenas de ação bem produzidas e belas de se ver. O roteiro é bem amarrado e te prende do começo ao fim. Tem ainda uma ótima atuação. A representatividade dos negros passou dos quadrinhos para a tela de cinema pela primeira vez, isso na questão heróis da Marvel. Antes veio apenas a série do Luke Cage, a qual o protagonista foi o primeiro herói negro a ter sua edição solo nos quadrinhos.
O filme já arrecadou 30 milhões em bilheteria. Isso apenas na semana de estréia, no Brasil.
*Essa análise é uma colaboração para o Joystick Terrível. Envie sua sugestão para o nosso e-mail: [email protected]
1 thought on “A importância do filme Pantera Negra”
Jaime Rojas
(3 de maio de 2018 - 15:57)da história de Wakanda e do Pantera Negra ser muito, muito atual, esse filme tem o grande mérito de ter escolhido a dedo alguns dos melhores atores do mercado. Michael B. Jordan desempenhou um papel incrível como Killmonger. Ele sempre surpreende com os seus papeis, pois se mete de cabeça nas suas atuações e contagia profundamente a todos com as suas emoções. Na minha opinião, Fahrenheit 451 será um bons filmes de ficção cientifica de 2018. O ritmo do livro é é bom e consegue nos prender desde o princípio. O filme vai superar minhas expectativas. Além, acho que a sua participação neste filme realmente vai ajudar ao desenvolvimento da história.