Zharya promete trazer uma história e jogabilidade diferenciada, com inspirações em grandes games
O JT está iniciando um trabalho de relacionamento com diversos desenvolvedores brasileiros que ainda estão no início da carreira. O objetivo é divulgar trabalhos pouco conhecidos, com potencial para serem games divertidos e envolventes. Se você conhece algum estúdio ou projeto de jogo brasileiro mande para o nosso e-mail, [email protected].
O primeiro exemplo que trazemos é o game Zharya: O Quinto Elemento, do estúdio Bad Seed. O game está sendo desenvolvido por estudantes da Smarttech, escola de desenvolvimento de games localizada no ABC Paulista. A equipe se divide entre criação de roteiro (Priscila S. Gomes), programação (Ronny Dias Costa e Tadau Kazama), modelagem 3D (Rafael Freitas, Giovanna de Oliveira e Luana), animação 2D (Felipe), arte conceitual (Juliana Zaccheu e Victor Henrique), figurino (Luisa) e sonoplastia (Cleiton Calisto).
A história começa após a morte do rei de Zharya, quando Galadriel, sucessor do trono, deve escolher a futura rainha como esposa para continuar o legado de seu pai. Uma cerimônia é preparada para receber as donzelas mais lindas do reino. Entretanto, todas começam a sumir, uma a uma. Desconfiados, os conselheiros do rei aconselham que um mercenário seja contratado para encontrar o responsável pelos sequestros. É aí que entra Nadia, a protagonista do game, que precisará percorrer um vasto território atrás de pistas para solucionar o mistério.
“Queremos trazer o que ainda não vimos nos jogos com o máximo de excelência” – Priscila S. Gomes
O jogo não tem seleção de nível de dificuldade, o que obriga o jogador a aprender com os próprios fracassos durante o enredo e melhorar suas estratégias e habilidades, divertindo-o e entretendo-o de uma forma que faça ele entender a dificuldade de Nadia, que sendo humana, deve lutar com seres sobrenaturais. Aqui vemos uma lembrança de games como Darksouls e Lords of the Fallen, pois cada inimigo e chefão apresenta um estilo único de combate, imponto dificuldades que devem ser superadas conforme o jogador avança na história.
Construído para ser um RPG, Zharya terá uma árvore de habilidades e armas elementares, com lâminas de fogo, ar, espírito e terra. Cada elemento tem o seu superior e inferior, cabendo ao jogador descobrir essa característica enquanto testa os ataques durante a jogatina. Além disso, cada elemento possui uma arma diferente, com efeitos únicos sobre os inimigos.
“O foco do jogo não é a personagem em si, é o mundo em volta dela.”
Eu tive a oportunidade de conhecer algumas trilhas criadas para o game e gostei muito do que ouvi. A qualidade sonora impressiona bastante e os instrumentos escolhidos criam um clima envolvente e empolgante. Veja uma amostra do que está por vir.
Cleiton Calisto é o sonoplasta do time e, portanto, tem a missão de tocar, gravar e editar toda a trilha sonora do game. Ele conta que se inspirou em God of War e que sempre prestou atenção nas músicas e áudios dos games. “Sou gamer desde pequeno e o que mais me interessou nos jogos é a música. Já que eu sou músico também, acabei adaptando”, afirma Cleiton.
Além de God of War e Darksouls, o time buscou inspiração em jogos e filmes como Assassin’s Creed, Metal Gear e Senhor dos Anéis.
Uma das dificuldades apontadas pela equipe é o próprio mercado brasileiro de games. O setor ainda está se desenvolvendo e não atingiu uma estabilidade. Por isso, buscam aproveitar o network oferecido pelo curso da escola onde estudam.
Zharya está na fase inicial de produção e ainda não tem uma data de lançamento, mas uma demo para a Steam já está em desenvolvimento. O game final será lançado para PC.
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