Análise – Tomb Raider: A Origem

Imagem: divulgação

Aventura, porradaria, enigmas e tumbas. Isso mesmo, estou falando de Tomb Raider. O reboot da série foi lançado nos cinemas no dia 15 de março e o JT foi conferir qual é a desse filme.

Eu escolhi uma sessão de sábado (17) às 21h40, horário que costuma ter uma certa lotação em filmes de lançamento. Porém, não foi o caso de Tomb Raider. A sala tinha muitos lugares vazios. Cerca de 50% da sessão estava livre. De certa forma eu esperava por isso, pois é um filme com um marketing e uma proposta direcionada para o público gamer.

Alicia Vikander veio com uma tarefa bastante difícil de pelo menos estar à altura dos longas Lara Croft: Tomb Raider, protagonizados pela Angelina Jolie e devo dizer que a atuação me agradou. No primeiro trailer eu virei a cara, no segundo fiquei interessado e no filme achei que ela se saiu bem. Tanto nas cenas mais tranquilas quanto nos momentos de ação. A dublagem brasileira de modo geral foi muito bem feita e as vozes condizem com os personagens, evitando aquele problema (presente em Assassin’s Creed III por exemplo) de passar a impressão que o dublador é uns dez anos mais novo ou mais velho que o ator.

Conforme eu ia assistindo tentava reparar nos detalhes, nas sequências e busquei por referências e personagens presentes no game lançado em 2013, que deu origem à esse roteiro. Pois bem, preciso dizer (lembrando que essa análise não tem spoiler) que até certo ponto o filme tem cenas marcantes bem similares ao game. Até certo ponto, apenas. Muitos personagens ficaram de fora da trama e a impressão é que o elenco foi reduzido ao máximo, para que o foco permanecesse na personagem principal. Acredito que tenha sido pelo tempo disponível e pela proposta do filme de focar na Origem da Lara Croft. Depois de passar o ponto que se assemelha ao game (que possui algumas falhas até desnecessárias) tudo será novo para quem jogou o título. As referências praticamente acabam por aí, o que é bem desanimador.

O diretor do filme, Roar Uthaug, precisava fazer uma escolha em dado momento: A) Usar elementos sobrenaturais ou B) Não usar elementos sobrenaturais. Nós sabemos que nos jogos tudo é possível e nos filmes isso também pode ser reproduzido, pois os estúdios têm à disposição equipamentos, técnicas e editores competentes para esse trabalho. Pois bem. Eu achei justa a adaptação escolhida por Roar, mas o roteiro do filme errou feio ao simplesmente transformar o boss final do game em um manequim.

De modo geral o filme tem bastante ação e as câmeras acompanham isso em um rimo frenético (às vezes até demais). O roteiro apresenta uma Lara que não é imbatível, tanto no dia a dia quanto em suas aventuras. Esse talvez seja o ponto mais forte do game e do filme. Como a ideia é mostrar o nascimento de uma lenda, não faria muito sentido o longa ir na contramão e ignorar isso. Talvez algumas pessoas sintam falta de mais cenas presentes nos games, mas vale lembrar que um filme de 2h jamais terá o mesmo conteúdo presente nos livros ou nos jogos.

Apesar dos pontos negativos, o filme merece a sua atenção. É uma adaptação que se esforça para ser fiel ao game em certa medida, ao mesmo tempo em que busca caminhos alternativos para agradar o público que nunca jogou Tomb Raider.

O filme já foi avaliado por mais de trinta mil usuários do IMDb e até o momento está com nota 6,8/10. Particularmente eu dou nota 7 para a produção. Até o dia 18 de março o filme arrecadou US$130 milhões em todo o mundo. Esse valor pelo menos é superior ao custo estimado de produção, que foi de US$94 milhões.

Ah! Fiquem um pouco depois do filme acabar, pois tem uma referência aos longas anteriores e aos primeiros games de Tomb Raider. E se você já assistiu o filme conta pra gente o que achou.

 

 

Fonte: IMDb

 

Post Author: GiovanniT

Estudante de jornalismo e gamer desde sempre. Quando criança teve apenas um Dynavision e um PC razoável. A felicidade maior foi quando conheceu a Steam e comprou seu Xbox One. Gamertag/Live: Dukalav

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