Içar velas, Rapazes! Chegamos no Mar dos Ladrões – Prévia de Sea of Thieves

Quem aqui gosta de Piratas? Sinceramente nunca me chamaram muita atenção, mesmo gostando bastante da trilogia Piratas do Caribe (o quarto filme é chato). Posso dizer que as coisas mudaram para mim em Assassin’s Creed IV: Black Flag: o Mar, o clima, a cantoria da tribulação, os confrontos épicos… Como era bom ser um pirata. Em 2015, Sea of Thieves foi anunciado na E3 e junto um hype gigante na esperança de poder me tornar um pirata novamente, envolto de bebida e amigos. E eu alistei para essa tribulação.

Uma Alpha Técnica ocorreu mês passado por volta das 15hs e durou pouco mais de 4 horas. Os jogadores acordam em uma pequena ilha com nosso navio atracado poucos metros de distância. Com personagens aleatórios, todos os jogadores tinham os mesmo itens em seus inventários: uma bússola, um balde, uma caneca, uma lamparina, 2 instrumentos musicais e uma pá. O armamento pessoal de cada pirata se resumia em uma pistola, uma bacamarte e a velha, mas sempre fiel espada. Além disso, todos os jogadores do grupo possuíam o mesmo mapa da ilha com o baú de tesouro. Durante o alpha não tivemos nenhuma informação na tela, seja do objetivo ou simplesmente tutorial. A mecânica é simples e de fácil aprendizado, principalmente aos já acostumados com jogos em primeira pessoa. O objetivo não poderia ser mais claro, encontrar o baú de tesouro.

TODOS A BORDO!

Aqui funciona como um navio de verdade (ou pelo menos como a ficção sempre nos mostrou). Devemos içar a âncora, abaixar as velas, carregar os canhões, guiar o capitão em alto mar e claro, tocar uma bela música e ficar bêbado até vomitar. O navio é a principal prova de que Sea of Thieves é um jogo de cooperação. Todos os jogadores precisam assumir uma função para ter um navio a todo vapor. As velas abaixadas limitam a visão do capitão, o que torna a função de um navegador essencial para o navio não colidir com um grupo de rochedos  ou uma ilha menor. O mapa geral fica no meio da embarcação, é necessário ficar de olho nele para saber se estamos no caminho certo. Os canhões precisam estar carregados, até porque não queremos estar despreparados em um possível encontro com inimigos. Um jogador a menos faz bastante diferença aqui. O navio pode ser pilotado sozinho? Sim, mas é um desafio bem difícil. Com a última vela aberta (o que tornará sua viagem bem lenta) e conhecimento exato da localização da ilha destino, talvez consigo uma viagem tranquila, caso contrário, prepare-se para correr muito de um lado para o outro por causa do acúmulo de funções. Com um navio em pleno funcionamento, nada impede que uma hora ou outra nosso capitão largue o timão e reúna os demais marujos ao som de bela canção e algumas canecas de rum.   

TERRA À VISTA!

Nosso destino foi avistado! Como todos sabem, o“X” no mapa marca a localização do tesouro na ilha, agora é só contar os passos e encontrar o mesmo X marcado no chão, correto? Então… não é tão simples. A única referência exata da localização do tesouro é o mapa. A função do jogador é se localizar dentro da ilha e de acordo com o mapa encontrar o local marcado e começar a cavar até escutar o maravilhoso som de impacto da nossa pá ao acertar o baú. Além do tesouro enterrado, podemos encontrar barris com recursos e suprimentos, como madeira, frutas e balas de canhão, itens essenciais para uma exploração contínua nas diversas ilhas. O problema não é só encontrar o tão desejado tesouro, temos caveiras amaldiçoadas por toda a ilha. Quanto mais perto do localização do X, mais frequentes elas se tornam. Um tiro bem dado pode mandar a maldição de volta para debaixo da terra, mas não é preciso muito para você bater as botas e dar um oi pessoalmente ao Holandês Voador em seu navio fantasma no submundo.

Finalmente achamos o tesouro! Agora é leva-lo ao navio e encontrar um comerciante afim de comprá-lo.

ACABOU O RUM!!!

E nisso se resume a Alpha Técnica. Encontramos os dois primeiros Tesouros e deu inicio ao capitulo 2, no qual foi adicionado mais 2 novos mapas aos jogadores e consequentemente o terceiro e último capítulo repetiu a fórmula. Depois de um certo tempo, encontrar o tesouro não se torna tão difícil. Resumindo assim não faz Sea of Thieves parecer tão atrativo, mas eu afirmo que a viagem para cada ilha, a cooperação dentro do navio, a busca pelo tesouro escondido tornaram toda a experiência muito atrativa e divertida. Uma experiência sozinho talvez não oferecesse um diversão igual. Uma boa comunicação faz muita diferença aqui. Confesso que o curto tempo de teste impediu uma exploração mais profunda nas demais ilhas. Eu e meus amigos optamos em concluir os “objetivos” oferecidos pelo jogo na esperança de ganharmos uma recompensa ainda maior, mas ficamos decepcionados ao perceber que os objetivos simplesmente reiniciaram, voltando para o capítulo 1.

Em todo momento estive na cabeça que se tratava de uma versão Alpha, o que tornavam os problema apresentados aceitáveis. Falando nisso, Sea of Thieves teve uma execução boa durante o teste. O lag e bugs faziam parte da experiência obviamente, mas ocorreram em um período bem menor que eu imaginava. O mar foi um destaque, claramente a Rare dedicou um tempo importante do desenvolvimento em sua física e realismo. Você se sente em alto mar. Infelizmente não encontramos outros jogadores no mesmo servidor, ou seja, não houve uma batalha naval épica. As caveiras também foram os únicos tipos de inimigos que encontramos durante a jornada, sem variação de ataques ou movimentação. Mas eram boas de mira, admito.

Em resumo, a experiência foi muito positiva. Apesar do único objetivo, podemos entender claramente como o jogo funcionará na sua versão final. Não tenho dúvidas que teremos adição de missões, objetivos e inimigos, como tubarões e monstros marinhos (pelos Deuses, que tenha o Kraken) em um possível próximo teste. Um sistema de upgrade do navio e customização do personagem seria bem vindo, até porque precisamos gastar nosso ouro com alguma coisa. Ou ponto é a necessidade de um sistema de mensagem rápidas – estilo Left 4 Dead e Counter-Strike, para mandar ordens, direção ou avisos de forma rápida durante o jogo, caso não exista uma comunicação por voz na partida. 

Sea of Thieves ainda não tem data de lançamento, o que gera uma expectativa ainda maior para a apresentação da Microsoft na E3 desse ano. Já estou com saudade do alto mar.

Post Author: Gustavo Biazoli

Gustavo Biazoli é editor de vídeo profissional e gamer desde criança. Seu primeiro console foi o incrível Master System, seguido do SNES e um PSOne, onde seu amor pelos games realmente floresceu. Gamertag/ PSN ID: 'GBiiazoli'

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